segunda-feira, 25 de junho de 2018

Uma eterna culpa...

Olá Mamães,

Esse é um post de desabafo sobre um assunto que já falei aqui no blog: Amamentação. Agora que meu filho começou a papinha, eu sinto até que é um desabafo ultrapassado, mas o farei mesmo assim (até porque esse post estava no gatilho há uns dias antes dele iniciar a introdução alimentar!).

Amamentação é divino mesmo. Que beleza poder continuar a passar para o seu filho nutrientes através do leite materno. Mas eu não consegui, e mesmo meu filho só tomando fórmula e estando saudável, penso que nunca vou conseguir me livrar inteiramente dessa culpa, principalmente em momentos que sinto que seria mais prático poder dar meu leite ao invés de preparar uma mamadeira. "Você procurou ajuda?" SIM! Sério, toda mãe que teve dificuldade em amamentar procura ajuda (e chora muito). Eu fiz e tentei tudo, mas além da produção estar baixa, logo quando meu filho completou 1 mês passamos por um grande susto, e o estresse acabou secando meu leite de vez. Mas, apesar de sentir culpa, e ter pesadelos ainda com isso, eu e meu filho estamos felizes. Apesar de não dar o peito, ele me olha com olhinhos apaixonados sim e abre o maior sorriso pra mim. 


Meu filho não vai me amar menos ou eu serei menos mãe pela forma que eu o amamentei. E eu cuido da saúde dele com tanto carinho e cuidado, que ele está crescendo forte como um touro, então é outra coisa com a qual eu sei que não deveria me sentir culpada. E temos muitos anos pela frente para fortalecer mais nosso vínculo, que com certeza não será definido pelo o agora. Me tomando como exemplo, também fui uma criança que mamou mamadeira, e eu e minha mãe somos unha e carne.

Mas enfim, sabem o que eu gostaria? De que as pessoas sentissem mais empatia de verdade por nós mães que dão mamadeira. Leio num fórum várias histórias parecidas, e percebo nessas outras mães o mesmo sentimento que eu tenho, a culpa e também a vergonha. É, vergonha sim porque a maioria das pessoas julgam e questionam as mães que dão mamadeira sem entender o motivo que nos levou para recorrer a essa opção. E isso machuca. E machuca ver mães julgando mães e se achando superiores porque dão o peito. E pediatras fazendo a mesma coisa quando precisamos de apoio deles também. Pelo menos com a pediatra do meu filho eu não passei por isso, ela compreendeu minha situação e me deu muita orientação, inclusive emocional.

Se você pode amamentar, amamente mesmo, é lindo! Talvez eu não tenha me preparado melhor por ser mãe de primeira viagem e achar que meu tipo de seio não seria problema, e caso tenha um segundo bebê, provavelmente farei tudo diferente sabendo das minhas dificuldades. Mas não julguem ou desmereça nós mães que damos mamadeira porque ninguém imagina a dor, orgulhoso ferido e quantas lágrimas foram (e são) derramadas para aceitar que seu bebê não vai se amamentar de você.

Se você passa, passou por uma situação parecida? Compartilha comigo sua história aqui nos comentários!


segunda-feira, 11 de junho de 2018

A Melancolia Pós-Parto deveria ser alertada!


Olá Pessoal!

Estou atrasada com as postagens, peço desculpas, mas como vocês sabem, ser mãe ocupa toda aquele tempo que antes eu conseguia dedicar a preparar as postagens do blog, ver séries, ler e etc enquanto estava de repouso absoluto. Agora quando dá, eu faço uma coisa ou outra com o bebê no colo, isso se eu não aproveito para dormir enquanto o bebê dorme. 

Eu venho ensaiando mentalmente essa postagem para compartilhar/desabafar sobre um assunto que acho que deveria ser explicado e alertado obrigatoriamente para as gestantes, que é o Puerpério (ou Melancolia Pós-Parto, ou Baby Blues). Logo após o parto o nosso corpo começa a voltar como era antes da gestação, ocorrendo os sangramentos como se fosse uma menstruação de fluxo intenso por pelo menos 3 semanas, o útero voltando a ficar do tamanho que era antes, e nisso nosso organismo produz muitos hormônios. E claro que como bons hormônios que são, o que eles fazem com a recém mãe? Deixam ela louca! Para uma explicação mais detalhada por especialistas, deixo aqui o link do BabyCenter sobre o assunto: Melancolia Pós-Parto.


Essa melancolia me pegou completamente de surpresa, como ela deve pegar todas as mães que não são informadas previamente do assunto. A melancolia me pegou de vez logo após a primeira noite com meu filho em casa, onde ele chorava e passamos nossa primeira noite em claro. Lembro que no dia seguinte, meu filho ficou dormindo no berço, meu marido na cama, eu desci pra tomar café com a minha mãe (que estava em casa para me ajudar no primeiro mês), e desatei a chorar. E então eu chorava por qualquer coisa e fiquei assim por pelo menos 2 a 3 semanas. Essa melancolia te deixa triste mesmo que você esteja feliz, mesmo que você esteja recebendo ajuda em casa para tornar o primeiro mês mais fácil. Eu olhava meu filho e ao mesmo tempo que sentia amor e felicidade, eu queria chorar de tristeza, mas não estava triste, e aí meu filho abria os olhos e parecia estar percebendo essa minha tristeza, e aí que eu chorava mais mesmo. Achava que o marido estava diferente, e no final acho que os recém pais também passam por essa melancolia. E o pior é você passar por isso justo no primeiro mês de adaptação de uma mudança radical na sua vida. Por mais que você tome depois consciência de que está passando só por uma fase, a melancolia te pega de qualquer forma, mesmo no momento onde você está sentindo o maior dos amores.

Felizmente essa fase passa (e se não passar deve-se procurar ajuda profissional), e logo me vi curtindo bem melhor a incrível mudança que é ter um filho na minha vida, e agora com os hormônios mais arrumados (acho), consigo perceber com clareza o quanto estou amando ser mãe, mesmo vez ou outra ficando um pouco mais cansada e estressada do que devia (#confesso)!

Uma idéia: Vamos criar o hábito de avisar amigas/familiares/conhecidas gestantes sobre o Baby Blues? Assim ajudamos a preparar uma futura a mamãe a passar por essa fase (mas ainda acho que esse assunto deveria ser pauta obrigatória em consultas com os Obstetras!)

E com vocês? Como foi essa fase do Puerpério? Compartilha comigo sua experiência!